Por que “secretário adjunto” não tem hífen?

Com as peraltices dos nossos queridos chefes do GDF (Governo do Distrito Federal), o termo “secretário adjunto” entrou na moda.

Como são duas palavrinhas, devemos ligá-las com um hífen, certo? Errado!

Vamos organizar o raciocínio. Primeiro, precisamos conhecer o significado de “adjunto”. A palavra é um adjetivo, que significa “assistente, auxiliar” e, por extensão de significado, “substituto”.

Quando ligamos uma palavra a outra por meio de hífen, estamos dizendo que pegamos duas palavras diferentes, cada qual com sentido próprio, e criamos uma terceira palavra, também com sentido próprio, diferente dos originais.

Exemplo: guarda-roupa. O verbo “guardar” tem um sentido; o substantivo “roupa”, outro. Unindo as duas palavras com um hífen, temos um terceiro sentido. Foi?

No caso do adjetivo “adjunto”, acontece uma coisa diferente: o adjetivo não se une ao substantivo “secretário” para formar uma terceira palavra. Ele simplesmente dá uma característica ao substantivo.

Veja a diferença em “diretor-presidente”. São dois substantivos. Por isso, ao uni-los, temos uma terceira palavra.

Isso posto, o cargo de nossos peraltas secretários não tem hífen.

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